quarta-feira, 20 de maio de 2015

Confucionismo_1
 PERSEVERANÇA - CONFÚNCIO 
Se há pessoas que não estudam ou que, se estudam, não aproveitam, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não interrogam os homens instruídos para esclarecer as suas dúvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, não conseguem ficar mais instruídas, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não meditam ou que, mesmo que meditem, não conseguem adquirir um conhecimento claro do princípio do bem, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, não têm uma percepção clara e nítida, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, não podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que não se desencorajem e não desistam; o que outros fariam numa só vez, elas o farão em dez, o que outros fariam em cem vezes, elas o farão em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-á uma pessoa esclarecida, por mais fraco que seja, tornar-se-á necessariamente forte.
Confúcio, in ‘A Sabedoria de Confúcio’
http://portaldobudismo.org/

TAO – A Sabedoria do Silêncio Interno


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Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia.
Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projectem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi.
Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflicta a energia. O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e acções, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.
Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e reflectindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos.
Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reacções emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluída.
Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação.
Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão. Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito incómodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe.
Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.
O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projecção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles.
Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afectam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz. O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo.
Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para se abster de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO. Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio.
Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação. Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este converter-se-á num veneno, que o envenenará rapidamente.
Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser. Por outras palavras, viva seguindo a via sagrada do TAO.
(Texto Taoísta)
http://portaldobudismo.org/2015/05/11/tao-a-sabedoria-do-silencio-interno/

terça-feira, 19 de maio de 2015

Carta de S. João da Cruz a um seu filho espiritual




***

A paz de Jesus Cristo esteja sempre em sua alma, filho.

Recebi a carta em que Vossa Reverência me fala sobre os grandes desejos que Nosso Senhor lhe concede, para aplicar exclusivamente nele a sua vontade, amando-o sobre todas as coisas, e na qual me pede alguns conselhos que o auxiliem a consegui-lo.

Folgo muito de que Deus lhe tenha dado tão santos desejos e muito mais folgarei de que os ponha em prática. Para isso é necessário ter bem presente que todos os gostos, gozos e afeições da alma nascem sempre da vontade e querer das coisas que se lhe oferecem como boas, convenientes e deleitáveis por lhe parecerem elas gostosas e preciosas; e, segundo isto, se movem os apetites da vontade em relação a elas e as espera, nelas se deleita quando as possui, receia perdê-las e sofre vendo-se sem elas; e, assim, segundo as afeições e gozos das coisas, anda a alma perturbada e inquieta.

Portanto, para aniquilar e mortificar estas afeições de gosto acerca de tudo o que não é Deus, deve Vossa Reverência notar que tudo aquilo de que a vontade pode gozar distintamente é o que é suave e deleitável, por lhe parecer isso saboroso; mas nenhuma coisa agradável e suave em que ela possa gozar e deleitar-se é Deus, porque assim como Deus não pode ser apreendido pelas demais potências, tampouco pode ser objeto dos apetites e gostos da vontade, porque assim como nesta vida a alma não pode saborear a Deus essencialmente, assim também toda a suavidade e deleite que experimentar, por sublime que seja, não pode ser Deus; e também porque tudo o que a vontade pode gostar e apetecer distintamente provém do conhecimento adquirido por meio de tal ou tal objeto.

E, assim sendo, como a vontade nunca saboreou a Deus tal como ele é, nem o conhece sob qualquer apreensão de apetite, e, por conseguinte, não sabe como Deus é, não pode saber qual é o seu sabor, nem pode o seu ser, apetite e gosto chegar a saber apetecer a Deus, pois está acima de toda a sua capacidade, logo, claro está que nenhuma coisa distinta, de quantas a vontade pode gozar, é Deus. Por isso, para unir-se a ele se há de esvaziar e desapegar de qualquer afeto desordenado de apetite e gosto de tudo o que distintamente pode gozar, tanto celeste como terreno, temporal ou espiritual, a fim de que purgada e limpa de quaisquer gostos, gozos e apetites desordenados toda ela se empregue em amar a Deus e para ele dirija todos os seus afetos.

Porque se de alguma maneira pode a vontade atingir a Deus e unir-se com ele, não é por qualquer meio apreensivo do apetite e sim pelo amor; e como não é amor o deleite e suavidade, ou qualquer gosto que a vontade possa experimentar, segue-se que nenhum dos sentimentos saborosos pode ser meio adequado para que a vontade se una a Deus, mas unicamente operação da vontade, pois há grande diferença entre a operação da vontade e o seu sentimento: pela operação une-se com Deus e nele põe o seu termo, o que é amor, e não pelo sentimento e apreensão do seu apetite, que se assenta na alma como fim e remate. Os sentimentos não podem servir de moção para amar, se a vontade quer passar adiante e nada mais. De si os sentimentos são saborosos e não encaminham a alma para Deus, antes, a fazem deter-se neles mesmos, porém, a operação da vontade que é amar a Deus, só nele põe o afeto, gozo, gosto, contentamento e amor da alma, afastadas todas as coisas, e amando-o acima de todas elas.

De onde vem que se alguém se move a amar a Deus não por causa da suavidade que sente, já deixa atrás essa suavidade e põe o amor em Deus, a quem não sente; porque se o pusesse na suavidade e gosto que experimentou, reparando e detendo-se nele, isto seria pô-lo em criatura ou coisa referente a ela, e transformar o motivo em fim e termo. Por conseguinte, a obra da vontade seria viciosa; e sendo Deus inacessível e incompreensível, a vontade não há de pôr a sua operação de amor - para a pôr em Deus - naquilo que o apetite pode tocar e apreender, mas no que não pode compreender nem alcançar por meio dela. E, desta maneira, a vontade fica amando com fundamento e deveras, ao gosto da fé, também em vazio e desprendimento e às escuras de seus sentimentos sobre todos os que ela poe alcançar com o entendimento de suas inteligências, crendo e mando além de tudo quanto pode entender.

E, assim, muito insensato seria aquele que, por lhe faltar a suavidade e deleite espiritual, pensasse que por isso lhe falta Deus, e, quando a tivesse, se regozijasse e deleitasse pensando que por isso possuía a Deus. E mais insensato ainda seria se andasse a buscar esta suavidade em Deus e se se dispusesse a deleitar-se e a deter-se nela, porque desta maneira já não andaria buscando a Deus com a vontade fundada em desnudez de fé e caridade, mas estaria indo ao encalço do gosto e suavidade espiritual, que é criatura, deixando-se, assim, arrastar pelo seu gosto e apetite. E deste modo, já não estaria amando a Deus puramente, sobre todas as coisas - que consiste em concentrar nele toda a força da vontade - porque apegando-se e apoiando-se àquela criatura com o apetite, não se eleva a vontade por ela até Deus, que é inacessível, já que é coisa impossível que a vontade consiga chegar à suavidade e deleite da divina união, nem chegue a prelibar os doces e deleitosos abraços de Deus, a não ser em desnudez e vazio de apetite em todo o gosto particular, quem se trate de coisas celestes quer das terrenas. Foi o que Davi quis significar (Sl 80,11) quando disse: "Dilata os tuum, et implebo illud".

Convém, pois, saber que o apetite é a boca da vontade, a qual se dilata quando não se embaraça nem se ocupa com qualquer bocado de algum gosto; porque quando o apetite se apega a alguma coisa, nisso mesmo se restringe, pois fora de Deus tudo é estreiteza. E assim, para que a alma acerte no caminho para Deus e se una a ele já de ter a boca da vontade aberta apenas para o mesmo Deus, vazia e desapropriada de todo bocado de apetite, a fim de que ele a encha e replene de seu amor e doçura, conservando essa fome e sede de Deus só, sem querer satisfazer-se com outra coisa, pois aqui na terra não se pode saborear a Deus tal como ele é, e mesmo aquilo que se pode saborear (se interfere o apetite, digo), também o impede. Isso ensinou Isaías (55,1) ao dizer: "Todos vós que tendes sede, vinde às águas etc."; por essas palavras convida os que têm sede exclusivamente de Deus e estão desprovidos da prata do apetite, para que bebam à saciedade das águas divinas da união com Deus.

Convém, pois, muita a Vossa Reverência, e é de grande importância, se deseja gozar de grande paz na sua alma e chegar à perfeição, entregar-lhe inteiramente a sua vontade para assim se unir a ele e não a empregar nas coisas vis e mesquinhas da terra.

Sua Majestade o faça tão espiritual e santo quanto eu desejo.

De Segóvia, 14 de abril.

sábado, 16 de maio de 2015

Mitos e Verdades sobre a Incorporação

Os dicionários trazem, como um dos significados do termo “incorporar”, a seguinte definição: “Entrar na composição de algum corpo ou nele se meter”.
Difundiu-se no meio espírita, erroneamente, o termo “incorporar” para definir o fenômeno da psicofonia.

A palavra “incorporar” nos induz a pensar que o espírito que se manifesta, se “incorpora” ao médium, ou seja, "se apropria" do corpo do médium, ou "ocupa" o corpo do médium, para se comunicar. Mas não é absolutamente isso o que acontece.
Os fenômenos espíritas não derrogam as leis da física, portanto dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Assim sendo, o espírito comunicante não “ocupa” o corpo do médium ao se manifestar - o processo se dá através deSINTONIA psíquica, e o fenômeno é sempre DE PERSIPÍRITO A PERISPÍRITO.

O PERISPÍRITO

O perispírito é o que o Apóstolo Paulo chamava de “corpo espiritual”. É o liame que liga o corpo ao espírito, e é através dele que as manifestações mediúnicas são possíveis. Todos os espíritos encarnados, e também os desencarnados ainda não completamente purificados (ou seja, que ainda precisam reencarnar, seja na Terra ou não) são revestidos pelo perispírito.
É através do perispírito que as manifestações mediúnicas se dão. No caso da psicofonia, erroneamente descrita como “incorporação”, é o perispírito do médium que entra em sintonia com o perispírito do espírito comunicante, e absorve assim suas sensações e pensamentos. O espírito não está, portanto, no “corpo” do médium. A ligação de ambos é fluídica; em outras palavras, o que se fundem são sensações, e não corpos.

A SINTONIA

Para melhor compreender o termo “padrão vibratório”, pensemos nas ondas do rádio: quando uma determinada música toca em uma estação, os aparelhos sincronizados com aquela estação escutarão a mesma música.
A ligação que se processa nas comunicações mediúnicas, é uma ligação fluídica, onde os dois, espírito e médium, encontram-se no mesmo padrão vibratório e podem comungar das mesmas sensações ou pensamentos.
Mas essa sintonia se dá de “perispírito” a “perispírito”. Explica Herculano Pires, no livro MEDIUNIDADE, cap.V, “O Ato Mediúnico”, parágrafo primeiro: “O ato mediúnico é o momento em que o espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um pouco do outro.”*
E, mais adiante, diz Herculano: O que se dá não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a da luz atravessando uma vidraça.”* (*os grifos são meus).

SEMPRE A MENTE, NUNCA O CORPO

É através da ligação psíquica que os Espíritos nos transmitem suas sensações e pensamentos, seja nos casos de manifestações mediúnicas, seja nos casos de obsessão.
Os Espíritos se ligam aos encarnados através da afinidade de interesses, gostos, pensamentos e ações. É o que chamamos de “sintonia”. Assim sendo, no caso das obsessões, fica claro perceber que os espíritos obsessores atuam sobre os encarnados através de uma ligação psíquica, onde mentes afins comungam dos mesmos sentimentos. Por isso se recomendam orações, nos tratamentos de desobsessão, pois é através da EVANGELIZAÇÃO de ambos (encarnado e desencarnado) que o padrão mental se eleva, e a sintonia psíquica se dissolve.
No ato mediúnico da psicofonia, o médium empresta voz ao espírito, que lhe transmite seus pensamentos e também sensações, através da ligação fluídica entre o seu perispírito, e o perispírito do médium. É um ato de amor e de caridade, e o médium psicofônico deve compreender a importância de sua comunhão momentânea com os Espíritos elevados, que vem nos trazer conforto e ensinamentos, e com os Espíritos sofredores ou obsessores, que através do ato mediúnico, podem compartilhar suas dores, angústias e perturbação mental. A mediunidade de psicofonia, comumente chamada de “incorporação”, deve portanto ser compreendida pelo médium como uma oportunidade de exercer o amor e a caridade cristãs, num ato despretensioso de doação fluídica, que deve ser acompanhado das mais sinceras preces, pelos irmãos que se encontram em sofrimento do outro lado da vida.
Mas o médium deve se aplicar no estudo e na compreensão não apenas do fenômeno, mas também da Doutrina Espírita, para melhor servir ao Plano Espiritual. Os médiuns psicofônicos, trabalhadores das Casas Espíritas, devem então compreender queos Espíritos comunicantes se ligam às suas mentes, transmitindo-lhes seus pensamentos, mas não dominam nem controlam os seus corpos.
Os médiuns com possibilidade de grande expansão de energias perispirituais são mais flexíveis, e sentem com maior intensidade a troca fluídica que se opera entre o perispírito do médium e o perispírito do espírito comunicante. Daí o médium sentir vontade de chorar, quando está ligado a um Espírito em sofrimento; ou sentir raiva e revolta, se está ligado a um Espírito violento. Mas, salvo nos casos de mediunidade insconsciente, o médium deve manter o autocontrole, e conter a manifestação do Espírito, não cedendo a impulsos de violência e desrespeito aos presentes. Gritos, murros na mesa, agressões verbais ou quaisquer atos que viriam a tumultuar o ambiente, devem ser contidos pelo médium. Isto não é tarefa fácil, especialmente para o médium em desenvolvimento.
Cabe ao médium ser fiel ao transmitir o pensamento do Espírito comunicante, ou mesmo traduzir os seus sentimentos, mas jamais permitir o descontrole, e cabe às Casas Espíritos orientar e acompanhar o desenvolvimento mediúnico dos médiuns, para que eles possam ter domínio sobre suas faculdades, e exercer a mediunidade da maneira mais proveitosa possível.

O TOQUE

Devido à falta de compreensão de que a ligação entre médium e espírito se dá pelo psiquismo, muitos trabalhadores de Casas Espíritas incorrem no erro de querer conter fisicamente o espírito comunicante, no caso das manifestações mais violentas, ou mesmo demonstrar seu afeto e acolhimento ao espírito sofredor, através do toque.
A falta de esclarecimento e de estudo da Doutrina, faz com que doutrinadores expressem-se fisicamente, segurando nas mãos dos médiuns, imaginando assim estarem transmitindo ao espírito uma sensação carnal de contenção (segurar as mãos para impedir uma manifestação exacerbada) ou de compaixão (acariciando a mão do médium). Mas é AO MÉDIUM que se está tocando, e não ao Espírito. O Espírito não está lá! Está próximo ao médium, está ligado fluidicamente ao médium, mas não está no corpo do médium! Quando o doutrinador segura nas mãos do médium, é exatamente isso que ele está fazendo: está tocando O MÉDIUM, e não o espírito!
É preciso que se compreenda que a força que se precisa ter é psíquica, e não carnal. Que deve-se expressar amorVIBRANDO amor, e não acariciando as mãos do médium... Que, ao invés de conter o médium fisicamente, é preciso ligar-se aos Espíritos Protetores, através de concentração, oração e doação fraterna, para que a CONTENÇÃO FLUÍDICA seja transmitida AO PERISPÍRITO do espírito comunicante, e não ao corpo do médium! São duas coisas bem distintas...
Os médiuns devem desapegar-se de manifestações exteriores, e concentrar-se em oração, buscando um padrão vibratório elevado, com o intuito de emanar fluidos regeneradores aos espíritos comunicantes. É preciso harmonizar o ambiente comORAÇÕES, e não com mãos dadas. Os médiuns que participam de sessões mediúnicas e de desobsessão podem colaborar em todas as manifestações, mantendo-se em ORAÇÃO pelos espíritos comunicantes. Ao Doutrinador cabe manter-se em concentração, não exteriorizando suas intenções ou sentimentos com gestos de afeto ou de contenção, mas preocupando-se em DOAR, FLUIDICAMENTE, tudo o que puder para regenerar ou acalmar os espíritos sofredores ou necessitados que se manifestam, ao mesmo tempo que, através da CONVERSA PACIENTE E EDIFICANTE, busca evangelizar o Espírito.
Ao Doutrinardor não cabe JAMAIS o julgamento, mas a compreensão. Nunca a ameaça, mas o esclarecimento fraterno. Nunca a contenção carnal, mas a fluídica. Se o espírito perturbado incomoda e porta-se de maneira grosseira, que não sejam os Doutrinadores, nem os trabalhadores encarnados, a adotar a mesma conduta, e destratar, ameaçar, ou ser impaciente com irmãos desencarnados em desequilíbrio, trazidos a nós pelo Plano Espiritual, para buscar a LUZ. O Doutrinador que repele o Espírito difícil, chegando até mesmo a se recusar a dar assistência a esses irmãos, falta com a caridade cristã a esses irmãos, e se coloca em débito não apenas com eles, mas também com os Trabalhadores Espirituais, que fazem a sua parte - façamos nós a nossa!

DE CORAÇÃO A CORAÇÃO

Já dissemos que os Espíritos comunicantes experimentam uma sensação fluídica de calor, quando sentem a mera aproximação de um Doutrinador que tenha a habilidade de vibrar amor sincero e fraterno. A simples aproximação de um Doutrinador que esteja em profunda oração, rogando sinceramente ao Pai por socorro e conforto, é para o Espírito sofredor uma sensação acolhedora de quem é revestido por um cobertor, em dias de frio.
O acolhimento, a calma, a confiança, e até mesmo a contenção são transmitidos aos Espíritos sofredores, necessitados ou violentos, pela EMANAÇÃO FLUÍDICA dos participantes das Sessões Espíritas. É pela emanação fluídica que os trabalhadores espirituais das Casas Espíritas se expressam, junto a esses irmãos. Nós, encarnados, devemos aprender a fazer o mesmo.
Exercitemos a concentração e a emanação fluídica através da oração, transmitindo, de perispírito a perispírito, nossos melhores sentimentos de paz, de harmonia e de reequilíbrio aos irmãos desencarnados em sofrimento, assim como expressamos amor e gratidão aos Protetores que nos vêm amparar e ensinar. Vamos compreender o poder do nosso psiquismo, e concentrar nossas energias para direcioná-las no trabalho do Bem, especialmente quando estamos em trabalho nas Casas Espíritas. As ligações de alma a alma não se expressam pelo corpo físico - amor, compaixão, solidariedade, fé, esperança e gratidão são transmitidos de coração a coração, mesmo à distância.
O contato físico não é absolutamente necessário, nos trabalhos espirituais; vamos tocar nossos irmãos desencarnados com a força de nosso Amor. Vamos deixar nossos corações falarem mais alto do que nossos lábios; vamos levar a eles nossa compaixão através de nossas almas, e não de nossas mãos. Vamos aprender que temos, em nossas mentes, um poder que transcende o mundo material, e que não conhece distâncias. Vamos nos educar a colocar nossas mentes, através de nosso padrão vibratório, a serviço do Bem e da Harmonia, seja de irmãos encarnados ou desencarnados, aprendendo a nos libertamos da influência pesada da matéria, desde nossa presente existência terrena.

por Liz Bittar, em 15/11/2013

http://oqueosespiritosdizem.com.br/index.php/mitos-e-verdades/534-mitos-e-verdades-sobre-incorporacao#.VVd2gPlVhBc

COMO FAZER O CULTO DO EVANGELHO NO LAR

1 – Defina um dia da semana e um horário para reunir-se com a família com esta finalidade. Convide todos os moradores da casa, mas não convém “forçar” a participação de ninguém.
2 – As crianças podem participar também.
3 – Não somente os membros da família podem participar, mas também os empregados da casa, e amigos que tenham interesse em fazê-lo.
4 – Se quiser, deixe uma jarra de água, e copos para os participantes. A água será fluidificada pelos Espíritos.
5 – Não é necessário o uso de toalha branca, nem de roupa branca, nem é preciso fazer “corrente” e darem-se as mãos. Todo o procedimento exterior é apenas formalidade, que não é levada em conta pelos Espíritos. O que vale mesmo é a INTENÇÃO, os PENSAMENTOS e a SINTONIA ESPIRITUAL. As manifestações exteriores não têm a menor importância para os Espíritos.
6 – É importante respeitar DIA E HORÁRIO. Organize-se para poder fazer sempre o Evangelho no dia e horário marcados.
7 – Inicie fazendo uma prece, e pedindo a presença dos Protetores Espirituais. Chame sempre por seus Protetores e Anjos da Guarda. Não evoque parentes ou pessoas conhecidas, para que possam vir e te ajudar. Você pode evocá-los para queparticipem do estudo e aprendam, com a assistência dos Espíritos Superiores.
8 – Reze um Pai Nosso, ou outra oração com a qual esteja habituado, e se sinta confortável.
9 – Abra o Evangelho AO ACASO, e leia a lição que cair. O texto é dividido por mensagens de uma ou duas páginas no máximo. Basta ler o tópico que cair quando você abrir o livro.
10 – Leia o tópico em voz alta, e evite interrupções.
11 – Após a leitura, faça comentários e abra o debate sobre o que foi lido. Certifique-se de que todos compreenderam a lição, repassando alguns trechos se necessário, e explicando e esclarecendo dúvidas, sempre utilizando o próprio Evangelho como fonte de informação.
12 – Incentive a participação de todos, inclusive das crianças, fazendo com que cada um faça umcomentário sobre a sua interpretação do que foi lido e debatido.
13 – Após a explicação e o debate da lição, faça paralelos com o que aprenderam no Evangelho, e o dia a dia de cada pessoa. Incentive as crianças a darem exemplos de fatos ocorridos na escola, por exemplo, onde se pode vivenciar os ensinamentos contidos na lição do Evangelho.
14 – É sempre recomendável ver a APLICAÇÃO DO EVANGELHO NA NOSSA VIDA PRÁTICA, NO NOSSO COTIDIANO, transpondo as lições para SITUAÇÕES QUE NÓS VIVENCIAMOS, e analisar como agimos, e como teríamos que agir, à luz do Evangelho. Esta prática é uma auto-crítica muito produtiva. Tome apenas cuidado para não permitir que este momento de luz se transforme em um mar de acusações. Manter a ordem e a disciplina, conversando sempre à luz do Evangelho, é o que se deve fazer.
15 – Encerre o estudo agradecendo a presença dos Espíritos Protetores – faça pedidos individuais em voz alta ou em silêncio, ao término do estudo.
16 – Peça por seus familiares, amigos e ambiente de trabalho, e peça também que os ESPÍRITOS PROTETORES POSSAM RETIRAR E ENCAMINHAR TODAS AS ENTIDADES NECESSITADAS QUE SE ENCONTRAM NO LOCAL, LEVANDO-AS PARA OS HOSPITAIS E ESCOLAS DO ESPAÇO, ONDE ESSAS ENTIDADES, QUE SÃO NOSSOS IRMÃOS, RECEBERÃO TRATAMENTO, ESCLARECIMENTO E AJUDA.
17 – O Culto do Evangelho no Lar é um momento de paz, harmonia, integração, reconciliação e perdão, e é esse o sentimento que devemos nutrir especialmente para aqueles com quem mantemos diferenças, estejam eles encarnados ou desencarnados.
Portanto, vibre amor. Vibre amor mesmo, especialmente por aqueles que lhe querem mal. Peça que eles, encarnados ou desencarnados, possam ser ajudados e esclarecidos. Peça perdão pelo mal que você possa tê-los causado, e peça pela harmonia, reconciliação e progresso de todos.
18 – Encerre o culto com um Pai Nosso, e podem todos então beber a água que terá sido fluidificada pelos espíritos protetores que ali estiveram.
fonte: http://oqueosespiritosdizem.com.br/index.php/em-destaque/312-evangelho-no-lar#.VVd1GflVhBc

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Chico Xavier e 2019 Revelações Sobre o Destino da Terra

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Folha Espírita publica revelações de Chico Xavier sobre o destino da Terra. 
Em razão da gravidade do assunto, trazemos aos leitores da Folha Espírita a revelação feita pelo mais importante médium da história humana, Francisco Cândido Xavier, a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG), e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte (MG), em 1986, sobre o futuro que está reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos próximos anos.
“Há muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que Chico Xavier não me falaria tudo o que relato nesta edição da Folha Espírita à toa, senão com uma finalidade específica. Na ocasião da conversa que descrevo nas páginas seguintes, senti que minha mente estava recebendo um tratamento mnemônico diferente para que não viesse a esquecer aquelas palavras proféticas, e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado a testemunhá-las.
Assim, tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus”, recorda.
“Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo:
‘Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois ladrões?
Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!’, esclareceu”.
Geraldo Lemos Neto – Na sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos:
“Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz?Nas páginas finais da narrativa de nosso benfeitor, no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições?
Nele, Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo.
“Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar.
O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969.Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta.
O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.
“O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora”.
Perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu:
“Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.
Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre.
Segundo a imposição do Cristo,as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial.
Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando urna guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar corno um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”

“Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a pobreza e a fome que estarão extintas;
Teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina;
O homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada;
Também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico;
Haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo;
Enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra,uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta.”
“Caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência.
O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos;
Maremotos e ondas (tsunamis) consequentes;
Veríamos a explosão de vulcões há muito extintos;
Enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os povos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares;
E, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tomar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre”.
  “Em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância socio-cultural, política e econômica perante a comunidade das nações.
Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo”. 
  “O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá como consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também.
Agora,caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes.
“A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos”.
“Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas.
Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás e ao Distrito Federal.

Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela.
Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile.
Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru.
E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos.
Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores. 

O Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras.


Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.
Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à nossa casa planetária, aqui na Terra.
Temos diante de nós dois caminhos a seguir.
O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual coletiva.
O caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de séculos na reconstrução material e espiritual de nossas coletividades.
Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas. Oremos muito para que os Benfeitores da Vida Maior continuem a nos ajudar e incentivar a seguir pelo Caminho da Verdade e da Vida.
O próprio espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas.
São na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.